12.15.2009

Anos 2000- actualidade

A programação desportiva, em qualquer dos canais, continuou, nos anos 2000, a ser a mais completa no panorama televisivo nacional. O 17º Campeonato Mundial de Futebol, repartido entre a Coreia e o Japão (em termos organizativos), embora não tenha corrido bem para as cores nacionais (Portugal foi eliminado após duas derrotas e uma vitória) despertou o habitual interesse dos espectadores. A RTP transmitiu, em directo, os jogos da nossa selecção e, diariamente, a rubrica “Mundial 2002”, apresentada por Carlos Daniel e onde, além de entrevistas e reportagens, se incluíram resumos de vários encontros. Para assegurar estes serviços, deslocaram-se à Coreia e ao Japão os jornalistas Paulo Catarro, Rui Loura, Luís Baila e João Pedro Mendonça. Outra rubrica, esta com longínquas tradições na RTP, “Domingo Desportivo”, foi totalmente remodelada, ficou mais atractiva e deu mais voz aos intervenientes no espectáculo do futebol, chamando-os para o estúdio e confrontando-os com polémicas situações ocorridas nos jogos. Boa notícia foi, também, a conclusão de um acordo com a Olivedesportos (foram arrastadas e difíceis as negociações) que garantiu à RTP um ano de transmissões directas dos jogos da selecção nacional de futebol. Em espaços alargados ao fim-de-semana, a RTP 2 mantinha-se atenta às modalidades amadoras.
O acontecimento máximo até agora nesta década foi o “Euro 2004”, em que Portugal obteve a sua melhor classificação de sempre – o 2º lugar. A RTP marcou presença nos novos estádios, de norte a sul do País, daí efectuando as coberturas que a sua condição de “host broadcaster” impunha (através da empresa EBS), sem prejuízo de alguns jogos terem sido vendidos às televisões privadas, guardando a RTP para as suas antenas os que, à partida, reuniam maior interesse competitivo e que foram 12. Equipamentos e serviços a cargo da EBS foram muito utilizados pelos operadores estrangeiros, o que também terá contribuído para que, no final do “Euro”, a RTP, pelo seu Administrador Gonçalo Reis, tenha considerado que os objectivos previamente traçados foram atingidos e que, pelo trabalho desempenhado, as equipas que estiveram nos estádios (e nos pontos de apoio intermédios e finais) deram uma excelente imagem da empresa e do País. Com o acontecimento, a RTP conseguiu obter a maior facturação publicitária e, também, elevados níveis de audiências. No primeiro caso: 6,3 milhões de euros; no segundo: 41,4% de share. Também os Jogos Olímpicos em Atenas (2 medalhas de Prata, Francis Obikwelu e Sérgio Paulinho; 1 de bronze, Rui Silva); o extraordinário desempenho dos atletas para-olímpicos, também em Atenas (12 medalhas); e a conquista pelo Futebol Clube do Porto da Liga dos Campeões e, depois da Taça Intercontinental, tiveram coberturas especiais. Acompanhamento a que a RTP também vinha dedicando especial interesse era o das meias-maratonas (nacional e internacional). São provas atléticas que ganham popularidade através das transmissões directas.







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